JORGE BUENO FILHO

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

REINICIAR O BRASIL !!!! !

REINICIAR O BRASIL


A alegria (e homenagens esdrúxulas), de alguns deputados federais que votaram pelo sim à abertura do processo de impeachment deveria ser acompanhada com um profundo pesar.
Pesar porque antes de avaliar o mérito das chamadas pedaladas fiscais, é necessário reconhecer que esta manipulação das contas públicas é a consequência de um gravíssimo problema anterior: o Brasil parou de gerar riqueza como deveria e isso agravou a crise fiscal do governo federal, também pressionada por gastos mal feitos e um sistema previdenciário que mostra sinais de esgotamento.
Mas é chegada a hora de parar de dar prioridade ao passado e centrar esforços na reconstrução do futuro. E nesse sentido, os analistas políticos tem razão no sentido de afirmar que qualquer liderança política que estiver à frente de nosso país tem pouquíssimo tempo para gerar condições que mude o estado de espírito da população de um extremo pessimismo para uma situação menos dramática e negativa.
Para isso é preciso medidas rápidas e certeiras para fazer vitaminar a nossa economia. E isso se faz a partir da produção.
Olhando o panorama atual, uma oportunidade fundamental a ser considerada é aproveitar o cenário cambial da atualidade e atuar em favor da revitalização das exportações brasileiras de produtos industrializados. Isso rapidamente gerará novos postos de trabalho e será um importante apoio na reversão do quadro recessivo.
Os números explicam melhor essa questão: Em 12 meses o Dólar no Brasil aumentou 16%. Se considerarmos o cenário mais provável com o fim das turbulências políticas, a moeda norte-americana estará valorizada em pelo menos 36% (ficando ao redor de R$ 4,20). Isso significará que os produtos brasileiros exportados ficarão, nesta proporção, mais baratos no exterior.
E esse é um bom pontapé inicial para voltar a vender mercadorias industriais do Brasil no exterior, mercado que fomos grandemente alijados nos últimos anos, por conta da miopia das políticas comerciais de nossos governantes.
Em 2008 as exportações industriais brasileiras foram de US$ 70,6 bilhões e em 2014 chegaram a apenas US$ 65 bilhões. O que salvou nosso comércio exterior foram as commodities agrícolas e minerais que saltaram de US$ 127 bilhões para US$ 160 bilhões no mesmo período.
Nada contra exportar commodities, mas se lembrarmos, que, no início da década passada as vendas externas nacionais contavam com 47% de produtos industriais (tirando os semielaborados) e em 2014 esse percentual fechou em apenas 29%, temos a evidência de que há algo errado com a rota da industrialização brasileira.
Pegando novamente o comparativo entre 2008 e 2014, as exportações globais registraram alta de 19,6%, sepultando-se assim o argumento de que a crise financeira internacional foi a causadora das atuais dificuldades brasileiras.
Se as vendas externas de nosso país tivessem esse mesmo desempenho, a indústria brasileira estaria gerando cerca de R$ 67 bilhões a mais em faturamento, o que resultaria em uma massa salarial adicional da ordem de R$ 17 bilhões, gerando esse valor um potencial da ordem de 700 mil empregos diretos.
Logico que existem desafios – além do câmbio favorável – para se chegar a tais números: o BNDES teria de abrir linhas de crédito mais favoráveis para investimentos e capital de giro para empresas exportadoras; a Agência Brasileira de Promoção as Exportações – APEX Brasil deveria avançar e potencializar a sua atuação de promoção comercial internacional. 
Mas tudo isso é plausível e até simples de se fazer em um governo bem organizado e focado em resultados. O Rio Grande do Sul, inicialmente, se beneficiaria através de seus polos calçadista e moveleiro.
Esperemos que caminhos como esse passem logo a serem trilhados para o bem do nosso futuro, não esquecendo de agendas prioritárias como melhoria da educação, saúde, segurança pública, da nossa infra-estrutura e logística, além das condições internas para empreender.


27/04/2016