PARALISAÇÕES SINDICAIS DO DIA 04/08
Algumas ponderações importantes:
+ O ato foi marcado para o dia da votação no impeachment na comissão do Senado. Logo, tem clara identidade política ligada às questões nacionais.
+ O parcelamento de salários não é ato de vontade política, mas uma contingência. A situação foi agravada fortemente pelo governo anterior e pela crise econômica do país.
+ As categorias da área da segurança foram as únicas contempladas com aumentos, promoções e nomeações no governo. Mesmo que compreenda a reação ao parcelamento dos salários, a radicalização é injusta.
+ O governo integralizou totalmente os aumentos salariais previstos para a segurança, o que inclusive é um dos impactos que gera o parcelamento. No total de quatro anos, esses aumentos representarão quase R$ 4 bilhões de acréscimo à folha de pagamento do Estado.
+ Usando como exemplo um soldado da BM: em janeiro de 2015, o vencimento padrão era R$ 2.398,26. Em maio de 2015, passou para R$ 2.623,66. Com o aumento concedido em maio deste ano, o vencimento padrão passa a ser de R$ 3.135,32 – um acréscimo de 30,73% em relação ao início da gestão.
+ Os aumentos da segurança têm sido acima da inflação.
+ Mesmo com todas as dificuldades, o governo promoveu 2.186 policiais de nível médio e superior da Brigada Militar e Polícia Civil – uma forte reivindicação das categorias.
+ Os servidores gaúchos estão recebendo em cerca de 10 dias, enquanto em diversos estados já é convencional que o pagamento ocorra até o dia 15 de cada mês.
+ É preciso considerar a grave crise econômica pela qual passa o país, que já gerou mais de 11 milhões de desempregados.
+ As leis militares não permitem greve e insubordinação dos policiais.
+ É preciso questionar o papel das organizações sindicais em gerar um clima que favoreça a criminalidade, o pânico e a desordem social, até porque são sabidas as vinculações políticas de alguns dirigentes.
Manutenção da ordem social:
+ A Casa Civil está procurando manter contato com lideranças sindicais pedindo moderação nas manifestações e para que se evite criar um clima de pânico na sociedade.
+ A Secretaria de Segurança também está acionando seus comandos estaduais e regionais para que ajudem a evitar acirramentos e atitudes intempestivas.
+ O governo orienta a população para que mantenha suas atividades normalmente. Pede que sindicatos não estimulem a criação de um clima de pânico, o que apenas reforçaria a criminalidade. E conclama os policiais para o cumprimento de suas atividades, honrando a história da Brigada Militar e da Polícia Civil.
02/08/2016
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